O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) deferiu na noite desta terça-feira o pedido liminar do torcedor Célio Lopes de Azevedo. Ele protocolou uma ação em caráter de urgência para impedir a comercialização de ingressos nos preços de R$ 300 (inteira) e R$ 150 (meia-entrada), praticados pelo Retrô no jogo decisivo contra o Santa Cruz.
A partida acontece na segunda-feira, na Arena Pernambuco, às 20h, pelo confronto da volta do mata-mata. O primeiro ficou no empate por 0 a 0.
A decisão determina que os preços sejam reduzidos para R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada). Caso o clube de Camaragibe não cumpra a determinação, está sujeito à multa diária de R$ 1.000 por ingresso vendido. Ao todo, quatro mil bilhetes estão à venda para os tricolores, que ocuparão o setor leste superior do estádio da Copa.
Ao justificar a decisão – contra a qual cabe recurso -, o juiz Flávio Augusto Fontes de Lima considerou que “o caso narrado envolve relação de consumo, e é de se ter como verossímil a alegação da falta de justa causa para o aumento desproporcional dos valores cobrados pelos ingressos no referido confronto. Majorar o preço do ingresso, sem justa causa, numa série D, para mim constitui prática abusiva”, explanou o juiz.
Entenda o caso – A polêmica em torno do ingresso começou horas antes do primeiro jogo do Santa Cruz contra o Retrô, que aconteceu no domingo, no Arruda, e terminou empatado em 0 a 0. Na ocasião, o presidente do clube, Laércio Guerra, afirmou, em entrevista à imprensa, que aplicaria valores um pouco maiores do que o habitual com o intuito de “arrecadar”. O Retrô praticava preços entre R$ 20 e R$ 30 na Série D, e o mandatário anunciou os novos preços a R$ 300 (inteira) e R$ 150 (meia-entrada).
A decisão gerou muitas críticas por parte da torcida do Santa Cruz, com os questionamentos se estendendo aos órgãos públicos. Primeiro, o Procon. Responsável pela proteção e defesa do consumidor, representantes do órgão foram até o Centro de Treinamento do Retrô, em Camaragibe, cobrar explicações. Depois, a Defensoria Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) notificaram o clube para explicar os motivos da majoração dos preços.
Até que a polêmica virou caso de Polícia. Nesta terça-feira, a Delegacia do Consumidor abriu uma queixa-crime para apurar o esclarecimento dos casos.
Com informações do GE.com
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