Em meio à discussão sobre a necessidade de ampliar ações voltadas à saúde mental dos profissionais da segurança pública em todo o País, um caso registrado em Pernambuco chama a atenção. Uma soldada foi expulsa da Polícia Militar dois anos após publicar um vídeo pedindo ajuda e denunciando adoecimento mental por causa de assédios sofridos no ambiente de trabalho.

Mirella Virgínia Luiz da Silva descobriu que não fazia mais parte das fileiras da Polícia Militar de Pernambuco em 1º de setembro deste ano, após ler o nome dela em uma portaria do Diário Oficial do Estado. A decisão, que a excluiu “a bem da disciplina”, teve como base um parecer Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS), que a considerou “culpada” por supostamente ferir condutas como ética e disciplina. A decisão não levou em conta as denúncias feitas por ela.

Ignorada e expulsa da Polícia Militar, Mirella passou a contar com o apoio do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop). O caso dela virou tema da 73ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Direitos Humanos, em Brasília, na semana passada, quando foi expedido um documento enviado ao governo estadual para que a mulher seja reintegrada à PM.

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