A bancada de oposição à gestão Raquel Lyra na Assembleia Legislativa de Pernambuco apresentou um balanço avaliativo do primeiro ano da gestão. Para o grupo de parlamentares, a gestão Raquel ainda precisa avançar em pontos importantes, como o diálogo com categorias, parlamentares e gestores públicos; a gerência efetiva dos projetos e programas do governo e a transparência com relação aos investimentos públicos. As informações são do Blog do Jamildo.
O balanço foi apresentado em blocos temáticos pela deputada Dani Portela (PSOL) e pelos deputados Sileno Guedes, Rodrigo Farias, Waldemar Borges (PSB) e Gilmar Júnior (PV).
Em relação à segurança pública, a bancada destacou a demora de quase 10 meses para apresentação do Programa Juntos Pela Segurança, com o consequente aumento dos índices de violência no estado. Também foram citados o aumento dos casos de violência contra a mulher, com o desmonte da Secretaria da Mulher e a situação alarmante das Casas Abrigo; e o aumento em quase 30% da letalidade em decorrência da ação policial.
Em relação à educação, a bancada apontou ocorrências de falta de merenda e de atrasos na entrega de fardamentos e materiais escolares na rede estadual de ensino, além de queixas sobre o repasse das bolsas do PE no Campus. Também foram citados episódios mal explicados, como a desapropriação do terreno do Colégio Americano Batista por R$ 80 milhões sem um projeto para o imóvel, bem como o interesse do Estado em contratar, sem licitação, a organizadora da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro) por R$ 52 milhões, 40 vezes mais que o investido em edições anteriores do evento.
Em relação à infraestrutura, a bancada elencou obras que haviam sido lançadas em 2021, no âmbito do Plano Retomada, e que foram paralisadas com a chegada da nova gestão estadual. Também foram citadas decisões equivocadas do Governo Raquel Lyra sobre o transporte público na Região Metropolitana do Recife, caso da autorização para que 200 ônibus deixassem de circular e da falta de prorrogação de parte dos subsídios para o setor.
Em relação à saúde, a bancada pontuou a situação precária de vários hospitais públicos, a demora para iniciar a reforma de quatro andares do Hospital da Restauração, a situação do Iassepe, o atraso no repasse do pagamento do piso, a ineficiência do Juntos pela Saúde, a ausência de projetos para a área de saúde e a inércia do governo diante do aumento de 800% de casos de Covid nesse fim de ano.